quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Texto Elisa, 6A

Leiam o mito escrito pela Elisa, do 6ºA. Ficou ótimo!! =)

Para quem não sabe/lembra da atividade, a proposta era a seguinte: os alunos deveriam criar um mito sobre a origem do mundo e/ou da humanidade, tendo como base elementos da cultura brasileira, uma vez que estávamos estudando mitos e percebemos que cada povo criara seus mitos utilizando elementos de sua cultura.

Tivemos alguns bons textos. Por enquanto vai o da Elisa, depois publico mais...


Pequenos e iguais



Num globo gigante não existia nada, só terra seca por todos os lados. Essa era a criação de Tino, o deus da terra. Seu irmão, Hino, deus dos rituais, foi ver sua criação:

- Mas o que é isso?

- Minha criação. Gostou?

- Ela está muito quente, rachada e sem cor!

- Pois é aqui que criarei meu mundo!

Hino foi embora e disse ao pai, Cino, deus dos céus, que a criação de Tino estava quente, seca e rachada.

- Filho, não posso fazer nada. Faça um ritual para que chova.

Hino obedeceu. Depois o dono do globo foi dominado por Oino, deusa dos oceanos, que fez oceanos por todo o globo e um pequeno pedaço de terra flutuando por aí.

- Pai, – disse Hino – o globo  está totalmente azul, molhado e gelado. Terei de fazer outro ritual para aumentar a terra?

- Hino, faça rituais para tudo que tiver problemas.

Então, toda vez que o globo ficava ruim, Hino criava rituais para melhorar as criações.

Chegou um certo dia em que o globo estava perfeito. Mas, todos estavam bravos com Hino. Estava faltando algo no globo. Mas o quê? Os deuses viam os oceanos bravos e as terras calmas, ventos fortes e um grande calor vindo do gigante vaga-lume: o Sol. Ele era tímido e só.

Lina, a mãe de todos e esposa de Cino, queria criar algo no mundo. Ela percebeu que estava tudo monótono e sem vida.

- Mãe, - disse Hino – você sabe que se eu não gostar, mudarei sua criação.

Lina precisava de um tempo em que Hino não a atrapalhasse. Então criou a noite.

- Meu olho ficará aqui para vigiar tudo. Se ele começar a ficar preto, é porque alguém está vindo aqui invadir o meu tempo. - Com isso criou a Lua.

- Meus seres vivos serão vaga-lumes que ficarão comigo no céu.

No dia seguinte, Hino não vira a criação de sua mãe. Mas, de repente, o Sol sumiu e o olho de Lina –a lua – começou a escurecer vendo Hino.

- Mãe, sua criação está ótima!

- Obrigada filho! E vocêe não vai mudar nada?

- Sim, eu vou. Vaga-lumes, desçam do céu e iluminem aqui embaixo!

Só alguns obedeceram.

O Sol voltou e a Lua sumiu. Lina, com raiva por sua criação ter sido mudada, pegou gravetos e folhas, formando um feio ser vivo: o macaco. Ele comelou a se reporoduzir rapidamente e Hino, com mais um de seus rituais, conseguiu embelez´z-los um pouco, formando seres humanos.

Com raiva, Hino fez com que todos os vaga-lumes perdessem o brilho, menos o sol. Os humanos estavam bravos e famintos. Pegaram vaga-lumes e colocaram na boca rapidamente. De lá, saiu algo branco, uma pequena chama e algo duro. Inteligência! Era o cérebro!

Os vaga-lumes tornaram-se uma frutinha. Então Lina queria chegar a um acordo:

- Olhe, você devolve meus vaga-lumes do céu e dou aos homens, inteligência.

- Devolverei, as vezes, os vaga-lumes do céu, sempre os da terra e alguns servirão de comida para meus homens.

- Está bem. Pode ser.

Sendo assim, foram criados seres vivos, estrelas e uma deliciosa frutinha: a jabuticaba.

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